Dá para assistir ao Ecobot III realizando suas funções vitais aqui.
Ecos de Matrix, alguém poderia dizer, mas repare que, ao contrário do filme -- onde os humanos que geravam eletricidade para as máquinas eram alimentados com os restos de outros seres humanos geradores de eletricidade, numa violação da lei da conservação da energia -- o Ecobot III precisa receber nutrientes de uma fonte externa. O mundo real é mais cruel que a ficção.
Há várias possibilidades conceituais aqui, por exemplo a de encarar o sistema robô-bactéria como uma espécie de simbionte micróbio-máquina, onde as bactérias geram a energia necessária para que a máquina as leve ao alimento de que precisam.Ou tratar a coisa toda como um cyborg (Cybernetic Organism, "organismo cibernético").
Ou ainda, numa versão mais pé no chão, como uma prova de conceito de que é possível construir máquinas movidas a um tipo de combustível cada vez mais abundante -- esgoto.
Mas confesso que o vídeo me fez lembrar de um conto de ficção científica de Rudy Rucker, no qual um grupo de seres humanos avançadíssimos do futuro -- tão avançados que em precisam mais comer, fazem fotossíntese -- resolve fazer uma refeição, para ver o que era, afinal, aquela forma bárbara de alimentação de seus ancestrais pré-históricos.
Depois de encontrar um velho livro de receitas, preparar um banquete e deliciarem-se com os novos prazeres descobertos, os humanos do futuro ficam se perguntando que razão teria levado seus antepassados a trocar aquela maravilha sensorial por algo tão sem graça quanto viver de luz.
A resposta chega algumas horas mais tarde, depois de todos se queixarem de uma sensação estranha no abdome.