O avanço das correlações - comprovadas, prováveis ou simplesmente hipotéticas - entre "estados do cérebro" e "estados de espírito" parece não assustar mais ninguém, a despeito das possíveis implicações metafísicas.
E assim, aos poucos, o conceito do teatro cartesiano (a ideia de que o cérebro seria uma espécie de "ponte de comando" controlada pela consciência) se torna cada vez menos sustentável, enquanto que a consciência emerge cada vez mais como produto, e não produtora, da fisiologia do sistema nervoso.