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Ácido fólico pode retardar efeitos do envelhecimento e evitar doenças

Vitamina protege células do estresse oxidativo e pode ter protegido organismos na Terra há bem mais tempo do que se imaginava.

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Por root
Atualização:

Toda mamãe já sabe: o folato, mais conhecido como ácido fólico (sua forma sintetizada), pode garantir a boa saúde do feto durante o seu desenvolvimento dentro da barriga. Agora, pesquisadores da Universidade da Flórida, nos EUA, descobriram um novo papel para a vitamina: ajudar a moderar o estresse oxidativo, associado ao envelhecimento e doenças. Em nós, seres humanos, e em praticamente todos os seres vivos do planeta. Há bem mais tempo do que se imagina.

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A descoberta é mais uma prova de que o ácido fólico foi, provavelmente, um elemento muito importante para a sobrevivência na Terra há bilhões de anos. "Acho que isso ilustra o quanto nos resta aprender na bioquímica sobre nós mesmos e a respeito da vida que nos rodeia", diz Andrew Hanson, bioquímico da universidade.

Desde a década de 1960, pesquisadores têm estudado a maneira pela qual o ácido fólico, solúvel em água, dá suporte para o funcionamento saudável das células. Por atuar na divisão celular e reprodução, torna-se um elemento indispensável nas gestantes. Além disso, parece ter um papel importante na replicação adequada do DNA e RNA, que impede o desenvolvimento do câncer em uma pessoa, por exemplo.

Em análises usando ressonância nuclear magnética, os pesquisadores foram capazes de observar que o folato está associado à produção e reparo de componentes chamados aglomerados de ferro-enxofre, por meio de uma proteína recém-descoberta chamada COG0354. Estes aglomerados são parte de um mecanismo que as células usam para produzir energia e suportar outras funções vitais, embora também sejam sensíveis aos radicais livres - um subproduto deste processo que é extremamente reativo ao oxigênio. Mais: a CoG0354 está presente nos seis reinos da vida, podendo ter inclusive existido antes das próprias bactérias.

O estudo fornece novos insights para a compreensão dos processos de reparo do estresse oxidativo no corpo, podendo levar futuramente a novos medicamentos. No entanto, por agora, o trabalho abre ainda mais os olhos para a inclusão da vitamina na dieta. Como? Consumindo espinafre, feijão branco, brócolis, fígado e até mesmo batatas.

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