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Antigo antidepressivo pode reparar danos da insuficiência cardíaca

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Por root
Atualização:

Um antigo antidepressivo desenvolvido há 40 anos pode diminuir e até reverter o alargamento do músculo e enfraquecimento do bombeamento do coração, a chamada insuficiência cardíaca. A clorgilina, que não é mais usada em humanos, bloqueia a ação da enzima monoamina-oxidase A (encontrada no sistema nervoso, fígado, trato gastrointestinal e placenta, responsável pelo "equilíbrio" da noradrenalina no organismo) brecando sua repartição. A noradrenalina controla parte do bombeamento do sangue e faz com que o coração bata mais forte ou mais fraco em resposta ao estresse.

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Os novos estudos, conduzidos por uma equipe do John Hopkins Medicine, parecem ser a primeira evidência que mostra como a atividade acelerada da monoamina-oxidase A pode ocasionar a insuficiência cardíaca e de como a intervenção de um medicamento poderia equilibrar o organismo.

A pesquisa ajuda a descrever a insuficiência cardíaca como um círculo vicioso de excesso de estímulo químico de noradrenalina e de como medicamentos similares à clorgilina poderiam conter o problema atingindo a monoamina-oxidase A. Quando a noradrenalina não está devidamente armazenada e corre livremente dos nervos para o coração, a monoamina-oxidase A acaba gerando químicas perigosas ao coração. Esses radicais livres desequilibram o bombeamento de sangue e aumentam o tamanho do músculo cardíaco.

Embora o estudo tenha usado clorgilina como base, os pesquisadores alertam que a droga não deve ser ministrada para tratar doenças cardiovasculares em humanos, pois novos medicamentos do mesmo tipo, como a moclobemida (aprovada pelo órgão de saúde dos EUA), devem ser testados em breve para o problema. A clorgilina pode ter graves efeitos colaterais, entre eles a insônia, agitação e aumento da pressão arterial após a ingestão de alimentos com o aminoácido tiramina (vinhos, chocolate, alguns tipos de grão, carne e queijos).

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