Rany Shamloul, autor responsável pelo trabalho, não sabe ainda explicar a razão, mas diz que os resultados de sua pesquisa sugerem que pode haver um mecanismo intrigante por trás da associação. A equipe descobriu que homens que utilizavam celulares constantemente tinham muita testosterona no corpo e níveis bem altos do hormônio luteinizante (LH), uma proteína que no homem estimula células a produzirem a própria testosterona - mas que é necessária apenas em pequenas quantidades. Este importante hormônio reprodutivo é secretado pela glândula pituitária no cérebro.
Os pesquisadores acreditam que as ondas eletromagnéticas emitidas pelos telefones celulares podem ter uma dupla ação sobre isso. Elas aumentam o número de células dos testículos que produzem testosterona, mas, diminuíndo os níveis de LH excretados pela glândula, também podem bloquear a conversão deste tipo de base de testosterona circulantes para sua forma mais ativa, associada com a produção de esperma e fertilidade.
Mais pesquisas são necessárias para determinar especificamente os caminhos exatos pelos quais as ondas eletromagnéticas afetam a fertilidade. Por enquanto, não custa nada regular um pouco a conta do celular.