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Cientistas simulam fusão de buracos negros de tamanhos muito diferentes

Relação extrema de massa 100: 1 rompe uma barreira no campo da relatividade numérica e astronomia de ondas gravitacionais.

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Por root
Atualização:

Cientistas simularam pela primeira vez a fusão de dois buracos negros de tamanhos muito diferentes - um com 100 vezes mais massa do que o outro. A relação extrema de massa 100: 1 rompe uma barreira no campo da relatividade numérica e astronomia de ondas gravitacionais. Até agora, o problema de simular a concentração de buracos negros binários com diferença extrema de tamanho era região inexplorada na física dos mesmos.

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"A natureza não colide buracos negros com massa igual", ressalta Carlos Lousto, professor adjunto de ciências matemáticas do Rochester Institute of Technology. "Eles têm razão em massa de1:3, 1: 10, 1:100, ou mesmo de 1:1 milhão. Isso nos coloca em uma situação melhor para a simulação de cenários realistas de astrofísicos e para prever o que os observadores devem ver e para lhes dizer o que procurar".

"Autoridades da área acreditavam que resolver o problema da proporção de massa 100:1 levaria mais de anos de avanços significativos no poder computacional, algo que parecia ser tecnicamente impossível", ressalta Lousto.

As simulações só foram possíveis graças ao avanços tanto na escalabilidade e desempenho relatvo dos códigos de computadores com milhares de processadores, bem como avanços na compreensão de como condições extremas podem ser modificadas. Para tanto, a equipe utilizou recursos do Texas Advanced Computer Center, com um supercomputador que processa cálculos em massa. Ele tem 70 mil processadores, e levou quase três meses para completar a simulação e descrever a concentração mais extrema da razão da massa dos buracos negros.

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