PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Para explicar o mundo ao seu redor

Estudo avalia causas e sintomas da chamada depressão pós-adoção

Depressão pós-parto não é exclusividade de mamães biológicas. Pais adotivos também podem passar por um período turbulento.

Por root
Atualização:


Depressão pós-parto não é exclusividade de mamães biológicas. Pais adotivos também podem passar por um período turbulento, segundo um estudo realizado pela Universidade de Purdue, nos EUA. A chamada depressão pós-adoção afeta tanto a vida dos adultos como o bem estar das crianças. Em geral, o problema é causado por expectativas não correspondidas e resposta negativa da sociedade.

PUBLICIDADE

"As pessoas geralmente ouvem falar de depressão pós-parto após dar luz a um bebê, mas o bem estar emocional dos pais adotivos quando a criança chega em casa não é muito falado", diz Karen Foli, co-autora do livro "Depressão pós-adoção: superando os imprevisíveis desafios da adoção", resultado de entrevistas e análise de 21 pessoas que passaram pela experiência. "Neste estudo, a maioria dos pais adotivos que se declararam depressivos após o filho adotivo chegar em casa descreveram expectativas não atendidas ou irreais sobre eles mesmos, as crianças, as famílias ou a sociedade".

Entre os problemas detectados por Karen, estão a tentativa dos pais em se mostrarem superpais, dúvidas quanto à legitimidade, surpresa se um vínculo com o bebê ou a criança não é facilmente estabelecido. Outros fatores incluem expectativas em relação ao apego da criança pelos pais, acordos mal estabelecidos com pais biológicos e a atitude da sociedade com as famílias adotivas. Há também o cansaço decorrente da espera pela criança e a pressão pelo rigoroso processo de adoção.

"Alguns pais, por exemplo, não anteciparam que a aproximação com seus filhos seria uma luta, ou que os membros da família e amigos não iriam dar o suporte que pais biológicos desfrutam", explica Karen. "Os sinais e sintomas de depressão incluem humor deprimido, diminuição do interesse ou prazer nas atividades, alteração significativa no peso, dificuldade em dormir ou sono excessivo, sensação de agitação, fadiga, culpa excessiva, vergonha e indecisão".

Veja também:

Publicidade

- Melancolia pode voltar a ser considerada transtorno mental grave - Pesquisadores desenvolvem monitor eletrônico que “mede” estresse - Antidepressivos podem aumentar em 15% risco de desenvolver catarata - Boas ações são estimuladas por observação de quem faz “o bem” - Acupuntura desativa áreas do cérebro que estão associadas a dores

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.