Em tomates, por exemplo, o sistema imunológico reconheceria a invasão do fungo Cladosporium fulvum, pela presença de fragmentos de quitina - derivados da parede celular fúngica -, iniciando o ataque. Entretanto, muitos fungos carregam uma arma secreta: a proteína ECP6 (proteína extracelular 6).
Ela encontra fragmentos de quitina que cercam o fungo e os une, fazendo com que os sinais de infecção passem despercebidos pelo organismo. O alarme para o sistema imunológico não é acionado. Resultado: a planta fica doente.
Como fungos de animais e de seres humanos também produzem esta proteína, é provável que o mesmo mecanismo esteja por trás da infecção. Experiências demonstraram que quando o fungo não produz a ECP6, ele é bem menos agressivo, e menos capaz de causar doenças em tomateiros. Esta compreensão pode abrir o caminho para o desenvolvimento de novos métodos de combate a fungos tanto na agricultura como na saúde.
Os resultados do trabalho foram relatados hoje na Science.
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