A equipe estudou especificamente uma proteína de membrana que transfere íons de cobre - necessário para o normal funcionamento do organismo - entre as células. Este mecanismo pode ser responsável também pela forma como o corpo absorve cisplatina, uma droga comum na quimioterapia usada para combater o câncer.
Já que o cobre, em altas doses, pode ser tóxico ao corpo, a célula lida com os seus íons de forma cuidadosa. Uma molécula acompanhante oferece os íons de cobre a um "portão de entrada" localizado para a área externa da célula, e outro acompanhante em seguida pega os íons e os carrega para vários destinos no interior celular.
Os pesquisadores sugerem que este delicado sistema é mantido porque um íon de cobre é passado por vez ao transportador, garantindo o máximo de controle sobre o que sai e o que entra. "Desta forma, não há risco de trazer muitos íons de cobre a uma proteína de uma só vez, o que em última instância previne reações químicas perigosas entre os íons e reagentes abundantes presentes dentro da célula", explica Bem-Tal. Uma vez que o íon passou para a célula, o transportador está apto novamente a captar outro íon se necessário.
Este mecanismo também pode ser responsável pela transferência do medicamento da quimioterapia com cisplatina. Com estas informações, os pesquisadores podem melhorar a transferência da droga no corpo, ou desenvolver um remédio mais eficaz contra muitas doenças. Um artigo sobre a pesquisa foi publicado no Proceedings of National Academy os Sciences.