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Molécula regenera lesões do cérebro em modelos de Alzheimer

Affibody gruda nas moléculas beta amiloides (responsáveis pelas placas) impedindo e desmantelando aglomerações de proteínas já existentes.

Por root
Atualização:

Uma equipe de cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e da Universidade Sueca de Ciências da Agricultura, na Suécia, descobriu uma molécula que previne o surgimento da proteína tóxica associada ao mal de Alzheimer no cérebro: a "Affibody", produzida em laboratório por cientistas suecos. Os pesquisadores descobriram em testes laboratoriais que ela não apenas evita a formação de placas, como reverte os danos causados pelos aglomerados. Usando um modelo de moscas com Alzheimer, os pesquisadores mostraram que a mesma molécula cura os insetos com o problema.

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A molécula Affibody se liga ao peptídeo beta amilóide, uma pequena proteína relacionada à doença pela formação de placas senis no cérebro(que afetam os neurônios, células cerebrais associadas - entre tantas coisas - à memória e habilidades cognitivas). Desta maneira, impede a formação de placas no cérebro, além de desmantelar aglomerados já formados.

Em um segundo experimento, a equipe observou os efeitos do Affibody em um modelo de moscas Drosophila com Alzheimer. Cruzaram uma linhagem feita para produzir a beta amiloide com outra para produzir a Affibody. A segunda geração não desenvolveu os sintomas de Alzheimer, muito embora houvesse produção de beta amiloide.

O trabalho foi publicado hoje na PLos Biology.

Entendendo o mal de Alzheimer

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O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa caracterizada por deterioração cognitiva progressiva, sendo o mais comum tipo de demência. Geralmente afeta pessoas acima dos 65 anos de idade, embora possa ser diagnosticada em indivíduos mais novos.

O primeiro sintoma da doença é a perda de memória. Depois, a pessoa sofre de confusão, irritabilidade, agressividade e falhas na linguagem. Na fase avançada, afeta as capacidades motoras.

Algumas regiões do cérebro de uma pessoa com Alzheimer começam a morrer, sendo substituídas por placas microscópicas de proteína - as chamadas placas senis.

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