Os pesquisadores envolvidos no estudo e liderados pelo neurocientista Pilyoung Kim, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, especulam que as mudanças hormonais logo após o nascimento - incluindo o aumento da ocitocina, estrogênio e prolactina - podem ajudar a tornar o cérebro das mamães mais suscetíveis à reformulação, assim que o bebê chega. A motivação para cuidar do bebê e os traços marcantes da maternidade podem ser menos o resultado de uma resposta instintiva e mais um resultado do desenvolvimento do cérebro ativo.
Para chegar aos resultados, a equipe avaliou ressonâncias magnéticas tiradas do cérebro de mulheres que deram à luz. Os pesquisadores observaram que o volume de substância cinzenta aumentou em quantidades pequenas, mas significativas, em várias partes do cérebro. Em adultos, este volume normalmente não muda em apenas alguns meses sem aprendizagem considerável, lesão cerebral, doença ou alterações ambientais realmente importantes.
As áreas mais transformadas são o hipotálamo (associado à motivação e ao sentimento materno), a subtância negra e amígdala (ligada à recompensa e ao processamento da emoção), o lobo parietal (integração sensorial) e córtex pré-frontal (raciocínio e julgamento). Em geral, a equipe observou que mães mais "entusiasmadas" com a experiência desenvolveram mais o cérebro do que as outras.
Os autores do estudo afirmam que a depressão pós-parto pode implicar a redução das mesmas áreas do cérebro. "As mudanças anormais podem estar associadas a dificuldades na aprendizagem recompensando o valor dos estímulos infantis e na regulação das emoções durante o período pós-parto".
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