Foto do(a) blog

Para explicar o mundo ao seu redor

Lembre-se: proteína específica faz cérebro preservar informações

Quinase PKM zeta previne a remoção de receptores sinápticos no cérebro. Caso sejam "deletados", podem <br />levar à perda de memórias.

PUBLICIDADE

Por root
Atualização:

Você não se lembra de ter desligado a cafeteira. Mas sabe exatamente a roupa que vestia quando conheceu o seu marido. O que faz a sua memória guardar certas informações e simplesmente "descartar" outras? Pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, acabam de desvendar parte de um dos mistérios mais intrigantes da neurociência: a maneira como o cérebro mantém lembranças ao longo do tempo.

PUBLICIDADE

A equipe descobriu que a atividade de uma molécula no cérebro - a proteína quinase PKM zeta - exerce um papel fundamental para permitir que o cérebro guarde memórias. A molécula previne a remoção de receptores sinápticos no cérebro que poderia levar à perda das lembranças.

"Essa descoberta tem implicações importantes para a compreensão da dinâmica da memória, porque mostra que a memória persiste devido a um processo de equilíbrio entre os mecanismos que mantêm a memória armazenada e os mecanismos que conduzirão ao apagamento da memória", explica Karim Nader, responsável pela pesquisa.

Uma pesquisa anterior já havia mostrado que a proteína era necessária para que uma memória persistisse no cérebro e que certas lembranças poderiam ser apagadas pela desativação da enzima correspondente. No trabalho atual, no entanto, os pesquisadores conseguiram demonstrar que a atividadez da PKM zeta é necessária para prevenir a remoção de receptores envolvidos nas sinapses. Esses são responsáveis pela força das conexões entre os neurônios e, sem eles, não há memória.

Veja também: - Proteína "do x frágil" altera sinais do cérebro essenciais ao aprendizado - Comunicação de hipocampo e córtex pré-frontal é afetada na esquizofrenia - Teste de DNA poderá mostrar predisposição ao transtorno bipolar - Receptor envolvido na comunicação de neurônios pode atuar contra doença de Huntington

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.