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Identificados novos componentes de proteína que destrói HIV

Embora a TRIM5a consiga exterminar o vírus em macacos, não surte efeito em humanos. Descoberta pode levar a tratamentos mais potentes.

Por root
Atualização:

Pesquisadores do Loyola University Health System identificaram os componentes chaves de uma proteína - chamada TRIM5a - que destrói o HIV, responsável pela Aids, em macacos. A descoberta pode levar a novos tratamentos para pessoas infectadas com o vírus.

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O trabalho foi relatado na edição online do jornal especializado Virology. Embora a proteína TRIM5a já tenha sido associada à proteção de macacos contra o HIV, este é o primeiro estudo a dissecar os processos envolvidos contra o vírus.

Seres humanos também possuem a proteína TRIM5a e, apesar de proteger contra alguns vírus, não é capaz de atuar de forma eficaz contra o HIV. A equipe acredita que seja possível transformá-la então em um agente terapêutico eficaz pela identificação de componentes específicos. "Os cientistas têm tentado desenvolver terapias antivirais há apenas cerca de 75 anos", ressalta Edward Campbell, pesquisador sênior. "A evolução tem jogado este jogo há milhões de anos, e identificamos um ponto de intervenção que ainda é pouco conhecido".

A TRIM5a é composta por quase 500 subunidades de aminoácidos. A equipe identificou seis delas, localizadas em uma região pouco analisada anteriormente da proteína - crítica na capacidade de inibir a infecção viral. Quando estes aminoácidos foram alterados em células humanas cultivadas em laboratório, a proteína perdeu a habilidade de bloquear a infecção. A ideia é encontrar algum aminoácido, ou uma combinação de aminoácidos, capaz de fazer com que a proteína destrua o vírus.

Se identificado, os pesquisadores acreditam que a manipulação genética faça estes aminoácidos agirem a favor de seres humanos também. Além disso, uma compreensão melhor do mecanismo de ação pode possibilitar o desenvolvimento de medicamentos que imitem a ação da TRIM5a no organismo dos macacos.

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