Uma equipe da Universidade Estadual de Iowa, nos EUA, desenvolveu um tipo de proteína híbrida que pode fazer com que a duplahélice de DNA seja quebrada em lugares específicos em células vivas. O método pode levar a melhores terapias genéticas.
A equipe desenvolveu a proteína híbrida juntando partes de duas diferentes proteínas bacterianas: uma, chamada efetor TAL, tem a função de localizar locais específicos do gene que necessitam ser cortados; a outra é uma enzima chamada nuclease, que corta as fitas de DNA.
De acordo com os pesquisadores, esta proteína híbrida poderia auxiliar modificando o genoma: cortando "peças" defeituosas e indesejáveis do DNA ou substituindo segmentos de genes pela recombinação homóloga. "Esta descoberta poderá, eventualmente, ser possível modificar eficientemente plantas, animais e até genomas humanos", diz Bing Yang, professor assistente de genética, desenvolvimento e biologia celular.
A proteína funciona se ligando a segmentos específicos do DNA que o pesquisador deseja modificar, depois de ler a sequência e encontrar lugares a serem cortados. Uma vez que a proteína está ligada ao lugar correto, corta a dupla hélice. Neste processo, códigos genéticospoderiam ser retirados ou introduzidos.
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