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Sais de zinco dão alivío rápido e prolongado a pacientes com refluxo

Descoberta pode revolucionar a forma como pacientes são tratados, já que medicamentos atualmente usados podem acompanhar efeitos colaterais.

Por root
Atualização:

Sais de zinco podem oferecer supressão rápida e prolongada da secreção ácida desencadeada em pessoas com refluxo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Yale, nos EUA, a descoberta pode revolucionar a forma como pacientes com doenças de acidez gástrica são tratados, já que os medicamentos atualmente usados podem ser acompanhados de efeitos colaterais.

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O refluxo gástrico, a mais comum das doenças relacionadas ao excesso de secreção do ácido gástrico, é caracterizado pela "subida" do ácido do estômago para o esôfago. Além de causar dor, pode levar a lesões esofágicas e até o câncer. Remédios como omeprazol e lansoprazol são tratamentos potentes para inibir a produção de ácido. No entanto, mais de 70% dos usuários de longo prazo têm sintomas recorrentes ou sinais de refluxo.

Os sais de zinco oferecem uma ajuda muito mais eficiente: pode melhorar a sensação em questão de minutos, em comparação com as 24 a 36 horas para que o omeprazol surta efeito. Mais: não há recorrência de sintomas ou efeitos colaterais, que poderiam incluir dores de cabeça, diarreia ou tontura.

Terapia do zinco

Para chegar aos resultados, os pesquisadores estudaram a interação dos transportadores de íons no processo de secreção gástrica, descobrindo o mecanismo celular pelo qual a terapia de zinco pode funcionar - inibindo a secreção do ácido e potencialmente erradicando os sintomas.

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Ao testar a terapia do zinco em ratos e, depois, em glândulas humanas isoladas, a equipe pode experimentar o procedimento em voluntários humanos saudáveis. Em animais e pacientes, a secreção do ácido foi significativamente reduzida rapidamente após a ingestão oral do zinco.

"Nosso estudo mostrou que, em nível celular, o zinco é um supressor direto da secreção de ácido gástrico", diz John Geibel, professor da Yale e autor do trabalho. "Isso abre uma nova via promissora de tratamento para pacientes que sofrem e, principalmente, os muitos que continuam a ter sintomas de doenças relacionadas ao ácido gástrico, mesmo depois de uma dose padrão de inibidores da bomba de prótons (grupo de fármacos usado no tratamento de úlceras)".

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