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Supersilenciador é nova ferramenta para tratar distúrbios cerebrais

Por taniager
Atualização:

Tratamentos satisfatórios para a maioria dos distúrbios cerebrais, tais como dor crônica, epilepsia, lesão cerebral e doença de Parkinson, ainda são raros. Técnicas de tratamento habituais compreendem a estimulação da atividade cerebral anormal pela utilização de drogas ou terapias convencionais. Mas neuroscientistas do Instituto de tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram uma nova e poderosa técnica que utiliza diferentes cores de luz para provocar uma parada reversível da atividade cerebral anormal: um supersilenciador

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Ao silenciar segmentos de neurônios super ativos com as luzes amarela e azul, os neurologistas podem compreender como estas células trabalham juntas para executar as funções cerebrais. A ferramenta promete ajudar os pesquisadores a entender como controlar circuitos neurais, levando a novos entendimentos e tratamentos para doenças do cérebro. Ed Boyden, autor sênior do estudo, explica que com a nova ferramenta é possível observar dois segmentos distintos de reações neurais e estudar como estes segmentos se articulam para atingir uma lógica coerente.

O supersilenciador de Boyden se originou de dois genes encontrados em dois organismos naturais diferentes: bactéria e fungo.  Batizados de Arch e Mac, estes genes são proteínas sensíveis à luz que ajudam os organismos a fabricar energia. Arch é sensível à luz amarela e Mac é ativado pela luz azul.

Os pesquisadores podem inibir a atividade dos neurônios ao colocar Arch e Mac entre estas células e iluminá-las. A luz ativa as proteínas, baixando o nível de voltagem nos neurônios sem danificá-los. O co-autor Brian Chow explica que com a nova técnica o cérebro pode ser programado com cores diferentes de luz para estudo e correção de circuitos neurais corrompidos que levam às disfunções.

O próximo passo da equipe de neurocientistas será avaliar se Arch e Mac são inócuos nos macacos para estabelecer o potencial de utilização nos humanos.

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O supersilenciador será útil para examinar circuitos neurais de cognição e emoção, além de contribuir para localizar regiões no cérebro que poderiam ser desativadas, a fim de aliviar a dor ou tratar a epilepsia.

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