Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, desenvolveram uma técnica que usa luz para manipular a atividade de uma proteína em células de forma precisa, oferecendo uma nova abordagem para cientistas que estudam as bases das funções proteicas. O trabalho pode ter implicações importantes principalmente em relação a doenças como o câncer.
A técnica, testada em moscas de fruta, complementa um estudo realizado pela Universidade de Wisconsin-Madison, divulgado no início do ano, envolvendo peixes. "Agora mostramos que a técnica funciona em dois organismos vivos diferentes, fornecendo provas de que a luz pode ser usada para ativar proteínas-chave", diz Klaus Hahn, responsável pela pesquisa em questão.
"Neste caso, a proteína controla o movimento das células, permitindo que a gente mova as células em animais. Isto é particularmente útil em estudos em que o movimento celular é o foco da investigação, incluindo desenvolvimento embrionário, regeneração de nervos e metástase de câncer", explica Hahn. O pesquisador afirma que a partir desta técnica será possível controlar onde e quando as proteínas são ativadas, proporcionando um nível de controle bem maior em diversas circunstâncias.
O método é um avanço sobre técnicas anteriores de luz para controle celular que usam ondas luminosas tóxicas, alterando a membrana celular. Além disso, não requer injeção de cofatores ou outros materiais sintéticos nos animais estudados.
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