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Pesquisa se aproxima de cura para a diabetes

Células beta produtoras de insulina, derivadas de células-tronco humanas, curaram a doença do tipo 1 em camundongos

Por Herton Escobar
Atualização:

Células beta (tingidas de verde) derivadas de células-tronco humanas, formando aglomerados (ilhotas) no pâncreas de camundongos. Foto: Douglas Melton

Cientistas da Universidade Harvard anunciaram ontem os resultados de uma pesquisa com potencial para curar a diabetes tipo 1. Liderados pelo pesquisador Douglas Melton, que tem dois filhos com a doença, eles desenvolveram uma técnica capaz de transformar células-tronco humanas em células pancreáticas do tipo beta, que são as responsáveis pela produção de insulina no organismo.

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Nas pessoas com diabetes tipo 1, essas células são erroneamente destruídas pelo sistema imunológico, obrigando os portadores da doença a injetar insulina regularmente na corrente sanguínea para sobreviver. É possível também fazer um transplante de células beta obtidas de cadáveres, mas o procedimento é complicado e os resultados, pouco satisfatórios. A única perspectiva de cura, segundo os cientistas, seria inventar uma maneira de produzir essas células em laboratório, de forma segura e em grande quantidade, para substituir as células originais destruídas pela doença.

Melton vem trabalhando nesse objetivo há mais de 20 anos, desde que seu primeiro filho foi diagnosticado com a doença. E agora ele parece, finalmente, ter chegado a uma solução, com uma técnica que permite transformar células-tronco em células beta totalmente funcionais, que produzem insulina ao serem expostas a glicose.

Em experimentos com camundongos diabéticos, as células geradas em laboratório funcionaram normalmente e praticamente curaram os animais da doença. Novos testes agora estão sendo feitos em macacos para depois -- se tudo continuar dando certo -- iniciar os testes com seres humanos (o que deverá consumir mais alguns anos de pesquisa, pelo menos).

A técnica funcionou tanto com linhagens de células-tronco embrionárias quanto de pluripotência induzida (iPS).

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Os resultados da pesquisa estão descritos na revista Cellhttp://goo.gl/5dMtz2

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