Foto do(a) blog

Imagine só!

PRAZO DE FERTILIDADE

 

PUBLICIDADE

Por Herton Escobar
Atualização:

 Foto: Estadão

Sabe aquela história de que as mulheres já nascem com um número "fixo" de óvulos em seus ovários? (ou, mais especificamente, de ovócitos, as células que amadurecem ao longo da vida para formar os óvulos que são liberados mensalmente no período fértil)  Pois então ... isso não é exatamente verdade. Vários trabalhos publicados nos últimos anos indicam que as mulheres são capazes, sim, de produzir novos óvulos ao longo da vida. Não com a mesma agilidade dos homens, que produzem espermatozoides continuamente até o fim da vida ... mas, ainda assim, o potencial existe e poderá, quem sabe, ser explorado pela medicina.

PUBLICIDADE

Em um estudo publicado esta semana na revista Nature Medicine, cientistas confirmam a existência de células-tronco ovarianas, que podem ser cultivadas in vitro para gerar óvulos "frescos". Em camundongos, esses óvulos já foram transplantados para o útero de fêmeas reprodutoras, que foram fertilizadas e produziram filhotes saudáveis -- comprovação de que os óvulos são férteis. O mesmo experimento não pôde ser feito até o fim com seres humanos, por uma combinação de questões éticas e técnicas, mas tudo indica que as células-tronco germinativas humanas existem e são, sim, tão viáveis para fins reprodutivos quanto as dos camundongos.

Não está claro ainda até que ponto essas células-tronco são ativas, no sentido de produzir novos óvulos ao longo da vida das mulheres. Elas são raras, e talvez permaneçam "dormentes" a maior parte do tempo nos ovários. O simples fato de elas existirem, porém, abre uma série de possibilidades para o estudo e o tratamento da infertilidade feminina.

"Além de abrir um novo campo de pesquisa sobre biologia reprodutiva humana, que era impensável menos de dez anos atrás, a existência dessas células em mulheres pode oferecer novas oportunidades para expandir ou melhorar as atuais estratégias de preservação da fertilidade", escrevem os pesquisadores no artigo da Nature Medicine, coordenados por Jonathan Tilly, da Faculdade de Medicina de Harvard.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.