Herton Escobar / O Estado de S. Paulo
O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou hoje um relatório detalhado sobre o grau de implementação das unidades de conservação (UCs) da Amazônia. Vários parâmetros foram avaliados, como recursos humanos e financeiros, regularização fundiária, monitoramento da biodiversidade e planos de manejo. Resultado: Segundo o TCU, apenas 4% das UCs amazônicas (10 das 247 avaliadas na auditoria) apresentam alto grau de implementação; 40% apresentam grau baixo e 56%, grau médio.
O relatório completo, recheado de dados importantes, pode ser baixado neste link:
Ainda não tive tempo de ler o documento inteiro, mas destaco abaixo alguns dos comentários finais do ministro-relator da auditoria, Weder de Oliveira, que considerei muito equilibrados e pertinentes:
"A Amazônia é um patrimônio muito valioso para o Brasil. Mesmo que estimativas econômicas sejam ainda limitadas e não consigam chegar a um consenso sobre como converter toda esta riqueza em números, o elemento comum a todas as análises é o reconhecimento da necessidade da preservação deste patrimônio que não é só natural, mas também econômico.
A criação e consolidação das unidades de conservação no bioma Amazônia não é e não deve ser visto apenas como política ambiental conservacionista que restringe atividades econômicas na Amazônia e impede o crescimento econômico, mas sim como uma estratégia ampla de desenvolvimento do país como um todo, que alia conservação a objetivos sociais e econômicos, os tripés da sustentabilidade."