Águia extinta pode ter se alimentado de humanos

Sofisticados exames de computador indicam que a águia-de-haast era uma predadora e não uma mera carniceira

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Por AP
Atualização:

Sofisticados exames de computador em fósseis ajudaram a resolver um mistério sobre uma antiga e gigantesca ave de rapina conhecida como águia-de-haast que foi extinta há cerca de 500 anos, disseram os pesquisadores nesta sexta-feira, 11.

 

Os pesquisadores disseram ter determinado que a águia - que viveu nas montanhas da Nova Zelândia e pesava 18 quilos - era uma predadora e não uma mera carniceira, como muitos acreditavam.

 

Muito maior que as águias modernas, a águia-de-haast caçava aves indefesas - e possivelmente até mesmo algum humano sem sorte.

 

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Ken Ashwell, da Universidade de New South Wales na Austrália, e Paul Scofield, do Museu de Canterbury, na Nova Zelândia, escreveram suas conclusões em um trabalho publicado no Journal of Vertebrate Paleontology.

 

Usando tomografia axial computadorizada, os pesquisadores analisaram vários crânios, uma pélvis e um bico em um esforço para reconstruir o tamanho do cérebro, dos olhos, das orelhas e da coluna vertebral da águia.

 

Eles compararam seus resultados com as características das aves predadoras e carniceiras modernas para determinar que a ave era um predador temível, que comia outras aves e até humanos.

 

Os pesquisadores também determinaram que a águia evoluiu rapidamente de um ancestral muito menor, com o corpo crescendo muito mais rápido que o cérebro. Eles acreditam que seu corpo cresceu 10 vezes durante o período Pleistoceno, de 700 mil a 1,8 milhão de anos atrás.

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Cientistas acreditam que a águia-de-haast foi extinta há cerda de 500 anos, principalmente devido à destruição de seu hábitat natural e à extinção de suas presas.

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