Bento XVI pode conceder clemência à mulher que o atacou

Promotor e juiz do Vaticano decidirão se Susanna Maiolo, de 25 anos, será processada e sofrerá pena

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Por Ansa
Atualização:

apa Bento XVI poderá conceder clemência à ítalo-suíça Susanna Maiolo, de 25 anos, que o derrubou na última quinta-feira no início da Missa do Galo, disse Giuseppe Dalla Torre, presidente do Tribunal da Santa Sé.

 

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"Um ato de clemência do papa é sempre possível", afirmou Dalla Torre, ao comentar as investigações que estão sendo conduzidas pelo promotor de Justiça do Vaticano, Nicola Picardi.

 

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As testemunhas já foram ouvidas e Picardi deve recolher a documentação médica de Maiolo em uma semana. Depois disso, ele decidirá se leva ou não o caso a julgamento.

 

"Na investigação em curso, a fase atual ainda é a de uma eventual responsabilidade penal", explicou o presidente do Tribunal, destacando que o fato de Maiolo ter abordado o pontífice desarmada "é extremamente significativo".

 

"Em seguida, as investigações se concentrarão em elementos subjetivos, baseados no estado de saúde da mulher. Neste ponto, será avaliado se haverá um prosseguimento judiciário ou a absolvição", relatou Dalla Torre.

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Caso vá a julgamento, o processo ficará sob responsabilidade do juiz do Vaticano, Piero Antonio Bonnet, nomeado para o cargo em maio passado. Se for condenada, Maiolo poderá cumprir pena na Itália ou na Suíça.

 

Na véspera do Natal, momentos antes do início da Missa do Galo na Basílica de São Pedro, Maiolo conseguiu burlar a segurança do Vaticano e tocar o pontífice. Ao ser interceptada, a mulher puxou Bento XVI, que caiu.

 

Apesar do susto, o papa se levantou, com a ajuda de auxiliares, e foi aplaudido pelos presentes. A cerimônia ocorreu normalmente.

 

Maiolo foi detida e encaminhada a um hospital.

 

Atualmente, ela aguarda a decisão do promotor na ala psiquiátrica do centro de saúde Angelucci, localizado na cidade italiana de Subiaco, próximo a Roma.

 

Segundo a Santa Sé, a mulher, que no ano passado já havia tentado se aproximar de Bento XVI, aparentava estar "psicologicamente instável".

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