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Cern produz 10 milhões de mini-Big Bangs em uma semana

As colisões criam simulações minúsculas do Big Bang, a explosão primária ocorrida há 13,7 bilhões de anos

Por ROBERT EVANS
Atualização:

Os físicos do centro de pesquisas europeu Cern disseram nesta quarta-feira que foram produzidos 10 milhões de mini-Big Bands na primeira semana de operações a uma altíssima potência da maratona investigativa sobre os segredos do cosmos.

 

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O porta-voz James Gillies afirmou que o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), no qual minúsculas partículas de matéria são esmagadas numa fração de segundo à velocidade da luz, estava funcionando extremamente bem.

 

"Tudo parece muito bom. Estamos obtendo um grande número de dados para analistas de laboratórios de todo o mundo, mesmo que levem meses ou anos para que surja algo de fato novo", afirmou Gillies. Autoridades do Cern, o Centro Europeu para Pesquisas Nucleares, estão ávidas para superar as duas primeiras semanas de funcionamento em alta potência, lembrando que em 2008 um lançamento anterior do LHC a uma potência menor teve de ser paralisado por causa de um grande vazamento de uma solução de resfriamento depois de 10 dias. Os cientistas que observam o anel de 27 quilômetros do LHC situado sob a fronteira entre Suíça e França, perto de Genebra, disseram que se registravam agora 100 colisões por segundo, o dobro da quantidade observada no primeiro dia de atividade em alta potência na semana passada. Os feixes de partículas primeiro foram injetados para dentro do LHC e então colidiram a uma energia inédita de 7 tera -- ou 7 trilhões -- de eletronvolts (TeV) no dia 30 de março, no que os cientistas afirmam ter sido um avanço gigantesco na pesquisa sobre o cosmos. As colisões criam simulações numa escala minúscula do Big Bang, a explosão primária ocorrida há 13,7 bilhões de anos da qual surgiu todo o cosmos -- com suas galáxias, estrelas, planetas e enfim a vida, assim como as leis universais da física. Ao rastrear como as partículas se comportam após colidirem, os pesquisadores do Cern esperam desvendar segredos do cosmos tais como a formação da matéria escura, ou invisível, por que a matéria ganhou massa e há mais dimensões além das quatro que já conhecemos.

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