China lançará satélite brasileiro no dia 7

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o artefato está sendo integrado ao foguete para o lançamento

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Por Fabio de Castro
Atualização:

SÃO PAULO - O satélite sino-brasileiro CBERS-4 foi levado na noite desta quinta-feira, 27, para a base de onde será enviado ao espaço, na China. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que coordena a equipe brasileira, o artefato está sendo integrado ao foguete para o lançamento, previsto para o dia 7 de dezembro.

Segundo o diretor do Inpe, Leonel Perondi, foi preciso um grande esforço para cumprir o cronograma de montagem. O lançamento do CBERS-4, inicialmente programado para dezembro de 2015, foi antecipado em um ano por causa do acidente que destruiu o CBERS-3, no fim de 2013, depois de falha no foguete chinês. “Neste momento, do ponto de vista técnico, o maior risco era não cumprir os prazos. Mas conseguimos executar o cronograma graças a um trabalho muito intenso das equipes”, disse.

Artefato está sendo integrado ao foguete para o lançamento Foto: Dvulgação/Inpe

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Segundo ele, a causa do acidente com o foguete que levou à perda do CBERS-3 foi detectada e todas as falhas foram estudadas minuciosamente para que o acidente não se repita. “Toda a cadeia de processos para o lançamento do foguete foi revista e requalificada, para que tenhamos um lançador robusto”, declarou Perondi.

Dois lançamentos já foram feitos na base chinesa depois do acidente, em 9 de dezembro de 2013. O relatório da comissão chinesa que analisou o acidente indica que houve contaminação do combustível, que provocou falhas em uma válvula.

“O combustível terminou de queimar dez segundos antes do previsto. Isso impediu que o satélite alcançasse a velocidade necessária, de 7,5 quilômetros por segundo”, disse Perondi. Com uma velocidade de 6,9 quilômetros por segundo, o CBERS-3 entrou em uma órbita instável e acabou caindo de volta na Terra, sendo destruído ao entrar na atmosfera.

Desmatamento. O CBERS-4 é o quinto satélite do programa CBERS e terá várias aplicações, como monitorar o desmatamento na Amazônia e a expansão agrícola. 

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