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Fertilização com 3 DNAs para evitar doenças é legalizada no Reino Unido

Pela técnica, além de receber o DNA normalmente da mãe e do pai, o bebê também poderá receber uma pequena quantidade de DNA mitocondrial saudável de uma doadora

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Por Redação
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Em 2015, procedimento já havia sido aprovado pelo Parlamento Foto: OHSU Center for Embryonic Cell and Gene Therapy via AP

O Reino Unido tornou-se nesta quinta-feira, 15, o primeiro país a legalizar a fertilização in vitro de crianças com DNA de três pessoas para evitar doenças hereditárias graves. A licença concedida pela Autoridade para Fertilização e Embriologia Humana (HFEA, na sigla em inglês) rompeu o último obstáculo para aplicar a técnica contra doenças mitocondriais. Em 2015, o procedimento já havia sido aprovado pelo Parlamento britânico.

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No entanto, quando o Parlamento aprovou a lei, algumas entidades se opuseram a ela, alegando que a norma abria a porta para bebês geneticamente modificados. Pela técnica, além de receber o DNA normalmente da mãe e do pai, o bebê também poderá receber uma pequena quantidade de DNA mitocondrial saudável de uma doadora. 

As mitocôndrias são a fonte de energia das células. Falhas nessas estruturas podem levar a problemas graves, como cegueira e perda de massa muscular. “Há muitas condições médicas que podem ser descritas como doenças mitocondriais. Eles variam de leve a fatal. No entanto, o DNA mitocondrial é herdado apenas da mãe, e as mulheres estão em risco de transmitir doenças graves a seus filhos”, disse Adam Balen, presidente da Sociedade de Fertilidade Britânica.

“É uma decisão histórica e tenho certeza de que os pacientes que esperam este tratamento estão realmente satisfeitos com o que decidimos hoje”, disse a presidente da HFEA, Sally Cheshire, que ressaltou que a técnica precisa ser aplicada com cuidado. Estudo britânico estimou que cerca de 2.473 mulheres têm risco de gerar filhos com doença mitocondrial no Reino Unido. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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