Cirurgiões da Universidade da Califórnia anunciam ter conseguido demonstrar que músculos artificiais são capazes de restaurar a capacidade de piscar em pacientes com paralisia facial, um desenvolvimento que poderia beneficiar pessoas que não conseguem mais fechar os olhos, um problema que pode ser causado por derrames, dano ao nervo e, até, ferimentos de guerra.
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Os cientistas dizem ainda que a técnica, que usa uma combinação de eletrodos e polímeros de silício, poderá ser usada no desenvolvimento de músculos sintéticos para outras partes do corpo. O processo é descrito no periódico Archives of Facial Plastic Surgery.
"Esta é a primeira onda do uso de músculo artificial em um sistema biológico", disse, em nota, o cirurgião plástico facial Travis Tollefson, da Universidade da Califórnia. "mas há muitas ideias e conceitos onde esta tecnologia poderia desempenhar um papel".
Para o estudo, Tollefson e o otorrinolaringologista Craig Senders usaram um mecanismo de suporte da pálpebra para criar uma piscadela quando ativado pelo músculo artificial. Usando cadáveres, os cirurgiões inseriram um suporte feito de fáscia muscular ou de tecido implantável ao redor do olho.
Pequenos parafusos de titânio mantinham o suporte preso ao osso. O suporte era ligado a um músculo artificial operado por bateria. Tanto o aparelho de músculo artificial quanto a bateria eram implantados numa cavidade natural da têmpora.
Os cirurgiões descobriram que a força necessária para fechar a pálpebra estava bem dentro da capacidade do músculo artificial.