PIB per capita aumenta e desnutrição cai

Doenças decorrentes do saneamento precário, porém, aumentaram

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Por Redação
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Além da destruição da vegetação nativa, as más condições de moradia, as desigualdades raciais e regionais e o aumento na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera afastam o Brasil do caminho do desenvolvimento sustentável, que pressupõe crescimento com preservação ambiental, qualidade de vida e inclusão social. Por outro lado, a diminuição da pobreza, da desnutrição infantil e do uso de substâncias nocivas à camada de ozônio são indicadores positivos de sustentabilidade.

 

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O PIB per capita aumentou 21% em 14 anos, mas ainda existem 2,5 milhões de domicílios em condições inadequadas de moradia no País e as internações hospitalares decorrentes de saneamento precário são preocupantes. Apesar da redução das internações a menos da metade em 17 anos, houve muitas oscilações e aumento dos casos entre 2009 e 2010. Entre as doenças transmitidas por insetos, como dengue, febre amarela, malária e doença de Chagas, os resultados são alarmantes: aumentaram de 36,4 por cem mil habitantes em 1993 para 54 por cem mil em 2010.

 

Nas moradias brasileiras, o maior problema é o saneamento básico, deficiente ou inexistente em três de cada dez domicílios brasileiros. Em 1992, o índice era o dobro. O total de internações por doenças ligadas ao saneamento caiu de 732,8 por cem mil em 1993 para 320,6 por cem mil em 2010. Em 2009, porém, a taxa era menor, de 281,1 por cem mil. Cresceram as doenças transmitidas por mosquitos e decorrentes de contaminação de água e alimentos.

 

"O desmatamento e as condições sanitárias inadequadas de parte da população, aliados ao alto índice pluviométrico e à extensão da rede de drenagem, estão entre os fatores que favorecem a transmissão de doenças transmitidas por insetos vetores na Região Norte", diz a pesquisa do IBGE, lembrando que 99,5% dos casos de malária ocorrem na Amazônia Legal. No entanto, o estudo chama atenção para o fato de que "o fluxo migratório dessa região para Ceará, Bahia e Rio de Janeiro tem levado surtos de malária a esses Estados". O estudo destaca também o aumento dos casos de dengue nos últimos anos. 

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