Robô da Nasa descobre possível meteorito no solo de Marte

Análise de espectrômetro vai determinar se a rocha encontrada realmente chegou a Marte vinda do espaço

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Por Carlos Orsi
Atualização:

O jipe-robô Opportunity, da Nasa, que opera em Marte desde 2004, fez imagens de uma rocha escura, com cerca de 60 centímetros de diâmetro, e que pode ser um meteorito.

 

A equipe responsável pelo controle do robô avistou a rocha, apelidada de "Block Island", no dia 18 de julho, na direção oposta à que o jipe estava se movendo. Ele então recebeu instruções para dar a volta e retornar cerca de 250 metros.

 

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A rocha, vista à distância por uma das câmeras a bordo do robô Opportunity. Imagem: Nasa

 

Os cientistas vão bombardear a rocha com radiação para tentar determinar sua composição por meio de um espectrômetro e confirmar se se trata realmente de um meteorito, que poderia ter se originado como parte de um asteroide ou, mesmo, ser um fragmento de outro corpo do sistema solar, lançado ao espaço por uma erupção ou com a energia de um grande impacto.

 

Meteoritos originados em Marte já foram encontrados na Terra. O mais famoso, catalogado como Allan Hills 84001, ou apenas ALH 84001, foi apresentado por cientistas da Nasa em 1996 como contendo possíveis sinais fósseis, microscópicos, de vida extraterrestre. Desde então, essa interpretação para as marcas encontradas no meteorito foi posta em dúvida e criticada por outros pesquisadores.

 

O possível meteorito, "Rock Island", visto mais de perto pela câmera do robô explorador. Nasa

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O outro jipe-robô da Nasa em Marte, Spirit, enquanto isso, continua atolado em uma área apelidada pelos cientistas de "Troy" (Troia), onde está imobilizado desde o início de maio. Cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa vêm conduzindo simulações, usando uma grande caixa de areia e um modelo do robô, em busca de manobras capazes de liberá-lo.

 

Cientistas do JPL conduzem simulações para descobrir como libertar o robô Spirit. Nasa

 

Os dois robôs chegaram a Marte em janeiro de 2004, para missões programadas para durar 90 dias. Atualmente, já cumpriram mais de 1800 "sols" - como são chamados os dias marcianos, que duram pouco menos de 25 horas - de atividade científica.

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