Sonda se prepara para pousar em cometa pela primeira vez

Nave espacial viaja a 66 mil km por hora; cientistas esperam que operação torne mais claro mistérios sobre a formação do universo

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Por Redação
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O módulo Philae da sonda espacial Rosetta conclui nesta terça-feira, 11, seus últimos preparativos para a aterrissagem programada para esta quarta-feira, 12, no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko

A separação do módulo está programada para as 09h03 (7h03, no horário de Brasília) e a aterrissagem deverá acontecer cerca de sete horas depois, segundo informou a Agência Espacial Europeia (ESA), que em sua página na web informará sobre a operação com os preparativos a partir desta tarde.

Combinação de várias imagens ilustra a aproximação entre o módulo e o cometa Foto: AP/ESA

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O ponto de aterrissagem, batizado de Agilkia, tem um quilômetro quadrado e está situado perto de uma depressão cheia.

Trata-se de uma das áreas com terreno menos acidentado entre todas as opções consideradas durante o processo de seleção do lugar. A maior parte da superfície do cometa está coberta de pedras - algumas do tamanho de uma casa - e de encostas íngremes, fossas profundas e grandes penhascos.

O módulo conta com uma autonomia própria de cerca de dois dias e meio, depois dos quais sua sobrevivência estará ligada à capacidade de recarga de seus painéis solares. Isso pode ser feito desde que não fiquem manchados pelo pó que desprende do cometa.

Rosetta, lançada em 2004, tem como missão estudar pela primeira vez a superfície de um cometa, que os cientistas consideram constituído por um material mais primitivo que o dos planetas. A esperança é que isso torne mais claro alguns mistérios sobre a formação do universo. 

A nave teve que dar três voltas ao redor da Terra e uma ao redor de Marte para adquirir impulso suficiente para perseguir o cometa. Depois de uma travessia de 6,4 bilhões de quilômetros, se aproximou do cometa em agosto. 

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Agora Rosetta e o cometa viajam a cerca de a 66 mil quilômetros por hora entre as órbitas de Marte e Júpiter, a 500 milhões de quilômetros da Terra. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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