A vida aqui começou... lá fora...

Se a senilidade ainda não me alcançou, a frase acima (ou uma outra muito parecida com ela) fazia parte do texto de abertura da série de TV Galactica -- a que passava nos anos 70/80 junto com Buck Rogers, não a mais moderninha. Cito-a porque cada vez mais parece plausível que ela esteja certa -- ainda que não de uma forma tão dramática como a de astronautas que usam capacetes de faraó para pilotar naves espaciais que manobravam, no vácuo, como se fossem Fokkers da I Guerra Mundial.

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Por Redação
Atualização:

Cientistas-- incluindo uma pesquisadora brasileira--informam que há sinais de água e matéria orgânica, ingredientes fundamentais para a vida, em um asteroide (reportagem minha e do colega Alexandre Gonçalves sobre o assunto pode ser lida aqui). Esta é apenas a mais recente detecção do duo em partes do Universo que antes pareceriam altamente improváveis.

 Foto: Estadão

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Moléculas essenciais para a vida, ou fortes indícios delas, já foram detectadas em meteoritos, luas de gigantes gasosos, planetas-anões além da órbita de Plutão, em planetas extrassolares e em nuvens de poeira cósmica a anos-luz daqui.

Isso não significa claro, que a vida na Terra tenha começado com o desembarque pré-histórico de um casal de refugiados alienígenas de jaqueta de camurça, bata e cortes de cabelo dos anos 70, longe disso. Mas, como me disse o astrônomo Humberto Campins, da Universidade da Flórida Central: "Asteroides e cometas podem ter trazido para a Terra os blocos constituintes para a vida formar-se e evoluir em nosso planeta (...) O estudo de asteroides primitivos como 'fertlizadores' pode se tornar uma área de interesse".

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