Resposta: os membros do grupo que têm mais prestígio.
Cientistas dos Estados Unidos chegaram a essa conclusão depois de realizar o seguinte experimento: permitir que alguns chimpanzés assistissem enquanto colegas de grupo -- alguns com o equivalente símio de alta posição social e outros, de status mais plebeu -- realizavam uma tarefa (pôr objetos de plástico dentro de um balde) que era recompensada com guloseimas.
A tarefa era exatamente a mesma para ambas as "categorias sociais", e a recompensa, igual. A única diferença estava na aparência dos baldes usados: o do "macaco-celebridade" e o do "macaco-comum" tinham tipos diversos de decoração externa.
Uma vez confrontados com a oportunidade de também encher o balde em troca de um mimo, o que os demais chimpanzés fizeram? Optaram por usar o mesmo recipiente do colega célebre!
Estudos anteriores já haviam revelado a existência de uma espécie de "diversidade cultural" entre os chimpanzés, com diferentes grupos adotando diferentes comportamentos. Este, agora, procurou esclarecer um dos mecanismos que levam novos comportamentos a se espalhar entre os animais.
O paralelo entre imitação do estilo de decoração do balde das celebridades (no caso dos chimpanzés) e de imitação do estilo de roupa, penteado, linguagem das celebridades (no caso humano) não só é forte, como a suspeita de sua existência foi um dos motivadores do estudo.
"Humanos seguem o exemplo de indivíduos prestigiosos e de alto status muito mais prontamente que o de outros, como quando copiam o comportamento de anciãos da vila, líderes da comunidade ou celebridades. Esta tendência tem sido declarada exclusivamente humana, mas continua sem ter sido testada em outras espécies", diz o primeiro parágrafo do estudo, publicado na PLoS ONE.
É a observação do que o homem faz ajudando a entender os macacos.