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E por falar em outro lado...

A sonda LRO, da Nasa, completou um ano em órbita da Lua nesta semana, e para comemorar a agência espacial publicou uma lista de "10 coisas legais" que o instrumento fez nesse período, incluindo localizar os equipamentos deixados em solo lunar pelos astronautas pro projeto Apollo (a lista completa você vê aqui).

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Por Redação
Atualização:

Mas eu queria destacar esta imagem, feita por altímetro laser, do lado oculto da Lua:

 Foto: Estadão

As cores representam altitudes. Elevações acima de 6.000 metros estão marcadas em vermelho e bacias com mais de 6.000 metros de profundidade, em azul. Compare com a primeira imagem feita dessa face da Lua, obtida pela sonda soviética Luna 3, em 1959.

 Foto: Estadão

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Em 50 anos, a resolução disponível certamente melhorou bastante! (Se quiser fazer uma comparação mais detalhada, tenha em mente que a foto da Luna 3 está invertida, no sentido esquerda-direita, em relação à da LRO)

Uma diferença marcante entre o lado próximo e o lado oculto é que no segundo praticamente não se veem "mares" -- como são chamadas as planícies de lava que vemos como manchas escuras quando olhamos para a Lua. As causas dessa assimetria ainda não são bem comprrendidas.

Os soviéticos aproveitaram que eram os primeiros e deram nomes às características mais proeminentes da imagem. A mancha escura no alto à direita, por exemplo, foi batizada Mare Moscovrae (Mar de Moscou).

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Talvez tenha dado para notar que estou usando a expressão "lado oculto" e não "lado escuro". Por um bom motivo: com o perdão do Pink Floyd, o fato é que o lado da Lua que não vemos aqui da Terra também recebe luz do Sol, dentro do ciclo lunar de dia e noite, e portanto não é permanentemente "escuro".

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