Estadão
13 de dezembro de 2009 | 10h10
Ontem à noite (.i.e, depois das 22h, hora de Brasília) teve festa com karaokê por aqui. Como disse alguém, uma das vantagens de uma estação antártica é a ausência de vizinhos para reclamar do barulho.
(Uma skua gorda pousou perto da janela e lá ficou quase a noite toda, o que sugere que o gosto musical dessa ave não deve diferir muito de seus hábitos alimentares — ou isso, ou o isolamento acústico é realmente muito bom por aqui)
Frente à massacrante execução de canções gaúchas, sertanejas e cariocas, eu, Carlinhos Brasil, da TV Vanguarda, e o Eduardo Geraque, da “Folha”, resolvemos levar alguns clássicos paulistas ao cadafalso. In pace requiescat.
Seguindo o sábio conselho do imortal Cary Grant — “melhor sair do palco sob aplausos um minuto mais cedo do que sob bocejos um minuto tarde demais” — recolhemo-nos logo em seguida, antes que o público tivesse tempo de recobrar o senso crítico.
Se você por acaso entrou aqui em busca de informações relevantes, peço que retorne mais tarde — e, enquanto isso, dê uma olhada no blog de Copenhague.
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