Os dias em torno do momento do equinócio são os mais bem divididos do ano, com praticamente 12 horas de luz e 12 horas de escuridão. Neles, o Sol atinge sua altura máxima no céu pontualmente (ou quase) ao meio-dia.
Aqui em São Paulo, nos dias 17 e 18 tivemos doze horas e um minuto de Sol, que atingiu sua elevação máxima às 12h01.
Hoje, já teremos doze horas e sete minutos de Sol, que atingirá a elevação máxima às 11h59. A partir de agora, os dias ficarão cada vez mais longos -- amanhã serão doze horas e nove minutos de Sol --, até o solstício de verão, em 21 de dezembro, o dia mais longo do ano, com mais de 13 horas de iluminação.
O equador celeste é uma projeção do equador de noss planeta na esfera celeste. Essa esfera, por sua vez, é uma relíquia da antiga astronomia geogêntrica (centrada na Terra), e representa um pano de fundo imaginário, com a forma da superfície interna de uma bola, onde os astros -- Sol, planetas, estrelas -- estão "grudados".
Abaixo, uma versão da esfera celeste que encontrei no site da Universidade Federal do Recôncavo Baiano:
Os "PNs" e "PSs" são os polos norte e sul, geográfico e celeste, respectivamente. Note que a trajetória do Sol, a chamada eclíptica, aparece inclinada em relação ao equador.
Há duas distorções aí, causadas pela nossa herança geocêntrica. Primeiro, não é o Sol que tem uma trajetória ao nosso redor, e sim o contrário: a eclíptica é, na verdade, o plano da órbita da Terra. Além disso, é o eixo da Terra (e, por consequência, o equador) que está inclinado em relação à eclíptica, e não o contrário.
Os equinócios são os pontos em que a curva laranja da eclíptica corta o equador celeste.