Sei que a maioria dos fãs de música provavelmente já considera os ingressos para esses espetáculos caros demais, mas vamos pensar em termos da boa e velha lei da oferta e da procura: quando o número de pessoas interessada em um produto supera o número de unidades doproduto à venda, o preço sobe. Isso funciona para roupas, sacas de café, ações na bolsa. É por isso que há cambistas nos estádios de futebol.
No caso dos shows de grandes astros do rock: eles sempre lotam. As pessoas disputam os ingressos a tapa. Gente que chega à bilheteria depois que a última entrada é vendida chora mais que vestibulando que perde o fechamento dos portões.
Obviamente, os promotores desses espetáculos poderiam estar cobrando muito mais, e ainda assim garantir lotação completa. Eles certamente sabem disso. Mas não cobram. Por quê?
A explicação proposta por Landsburg é de que o, digamos, "complexo musical-industrial" se abstém de tirar tudo o que pode do público no preço do ingresso porque precisa deixar algum dinheiro para as pessoas gastarem em outros produtos relacionados ao ídolo -- álbuns, camisetas, bonecos, DVDs, etc, etc.
É uma possibilidade, e seria curioso ver o que aconteceu com os preços dos shows nos últimos anos, depois que a onda dos downloads de música se espalhou. Como há menos gente pagando por música, é de se supor que tenham subido os ingressos, numa tentativa de assimilar a receita perdida com a velha venda de CDs.
Mas será que foi mesmo o que aconteceu? Esta é provavelmente uma questão para o colega Edmundo Leite responder!