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Bactérias específicas ajudam crianças na digestão do leite

Cepas de Bifidobacterium longum predominam na flora intestinal de bebês que estão sendo amamentados com leite materno.

Por root
Atualização:

Crianças digerem e aproveitam melhor os componentes nutricionais do leite do que os adultos. A explicação está na diferença de cepas de bactérias que dominam os aparelhos digestivos, de acordo com pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis e Universidade Estadual de Utah, nos EUA.

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Em um relatório publicado na Applied and Environmental Microbiology, as equipes mostram os resultados de análises genéticas destas cepas, identificando os genes que são mais prováveis por esta diferença. Os oligossacarídeos do leite humano são o terceiro componente mais sólido do leite, e esta complexidade estrutural impediria sua digestão.

Cepas de Bifidobacterium longum muitas vezes predominam na flora intestinal de bebês que estão sendo amamentados exclusivamente com leite materno. Junto com três subespécies conhecidas, alcança altos níveis de crescimento, estando associada ao início da colonização do intestino infantil.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores utilizaram a técnica de microarray de genoma inteiro para associar biomarcadores a 15 cepas específicas. Eles então identificaram cinco agrupamentos distintos de B. longum que foram conservados, sugerindo que pelo menos uma subespécies esteja adaptada para utilizar o carbono do leite (justamente a encontrada no trato digestivo de crianças) e outra especializada no metabolismo do carbono de origem vegetal (associado ao trato digestivo do adulto).

"Embora a colonização do intestino na primeira infância seja provavelmente dependente de múltiplos fatos dietéticos e não-dietéticos, o fornecimento de oliogossacarídeos complexos através do leite cria um nicho único ideal para o estabelecimento e colonização de cepas B. longum infantis". De acordo com os pesquisadores, durante o desmame, uma transição gradual do leite para alimentações baseadas em vegetais gera uma mudança na disponibilidade do carbono no trato gastrointestinal, favorável à expansão e formação de uma nova flora.

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