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22 de junho de 2010 | 14h37
Resveratrol, encontrado nas cascas e sementes de uvas vermelhas, aumenta os níveis de uma enzima que protege células nervosas no cérebro.
Um composto orgânico encontrado no vinho tinto – o resveratrol – tem a capacidade de neutralizar os efeitos tóxicos das proteínas associadas ao mal de Alzheimer, de acordo com uma pesquisa liderada pelo Instituto Politécnico Rensselaer, nos EUA. A descoberta pode oferecer um entendimento maior da morte celular cerebral em larga escala observada em pacientes com doenças neurodegenerativas.
“Nós mostramos como o resveratrol tem uma seletividade muito interessante para marcar e neutralizar um seleto conjunto de isoformas de peptídeos tóxicos”, diz Peter M. Tessires, que liderou o estudo. “Porque o resveratrol escolhe os grupos de peptídeos que são ruins, deixando apenas os que são benignos, ela nos ajuda a pensar sobre as diferenças estruturais entre as isoformas de peptídeos”.
Isoformas são diferentes arranjos de peptídeos. Deformações de um peptídeo especial – o Abeta1-42 – têm sido associadas à doença de Alzheimer. Não se sabe exatamente como o resveratrol atravessa a barreira hemato-encefálica para atuar, embora tenha atraído interesse de muitos cientistas por mostrar um forte impacto no câncer e processo de envelhecimento.
O resveratrol é um polifenol que pode ser encontrado principalmente nas sementes de uva e sua quantidade no vinho pode ser avaliada pela intensidade da cor da bebida. Estudos anteriores demonstraram que o resveratrol pode atuar contra o chamado mau colesterol, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, além de prevenir o câncer ao conter a proliferação de células cancerosas.
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