As alterações, embora pareçam irrelevantes, podem resultar em diferenças marcantes em curto prazo, afinal, em uma amostra de 60 milhões de plantas (um número não tão expressivo em termos de sementes, já que cada geração produz milhares de sementes) de Arabidopsis, cada letra do genoma é alterada em média uma vez.
Além da velocidade das mutações, o estudo também revela que nem todas as partes do genoma são igualmente afetadas. Com quatro letras do DNA diferentes, há seis possíveis mudanças, mas apenas uma alteração é responsável por metade de todas as mutações encontradas. Os novos dados também indicam que o tempo desde que espécies tenham sido separadas possa ser maior, afetando estimativas da idade de animais e plantas pré-históricas.
Os resultados da pesquisa indicam que em populações suficientemente grandes, pelo menos uma mutação de genoma deve estar presente. Identificá-la pode ser o caminho para aumentar o rendimento ou a resistência de uma planta à seca, embora ainda se revele uma tarefa um tanto desafiadora. De qualquer maneira, as novas descobertas explicam por que as ervas daninhas se tornam rapidamente resistentes aos herbicidas, já que estes afetam apenas a função de genes individuais.
Novos olhares também podem ser lançados para evolução humana: se pudéssemos aplicar os resultados para os homens, cada um de nós teria cerca de 60 novas mutações. Com mais de 6 bilhões de pessoas no planeta, isso implicaria em mudanças no genoma em dezenas de cidadãos.