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25 de maio de 2010 | 15h08
Equipe analisou mais de 2 milhões de nascimento para afirmar que método chinês não é capaz de predizer sexo do bebê.
Tem muita gente que põe a mão no fogo: o calendário lunar chinês pode predizer o sexo do bebê. Mas, agora, pesquisadores da Universidade de Michigan, Boston e da Suécia testaram o método. E afirmam que as chances de acertar se a criança é do sexo masculino ou feminino são as mesmas de tirar na moeda cara ou coroa.
“Nós não realizamos este estudo com o objetivo de sermos caçadores de mitos. Estávamos curiosos sobre o assunto”, diz Eduardo Villamor, da Escola de Saúde Pública da UM. “Mas, baseados em nosso resultados, eu não confiaria nem um pouco nestas previsões”.
A equipe analisou quase 3 milhões de nascimentos entre 1973 e 2006, para testar a precisão do método. De acordo com ele, basta associar a idade da mãe e o mês da concepção no calendário chinês de acordo com uma tabela para saber se o bebê é menina ou menino.
“A coisa toda soa absurda demais. Não há informações sobre a lógica por trás do gráfico e nós não poderíamos pensar em uma base biológica para isso”, ressalta Villamor.”Mesmo céticos, tentamos manter uma mente aberta, e acabamos analisando os dados para ver se há alguma relação. Não há”.
Alguns sites afirmam que o calendário chinês tem uma taxa de precisão de até 93%. Entretanto, a análise dos nascimentos mostra que os resultados batiam em apenas 50% dos casos – a mesma chance de se tirar cara ou coroa em uma moeda.
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