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23 de agosto de 2010 | 18h51
Nanorobôs podem ser futuro promissor no tratamento de diversas doenças. A grande vantagem do estudo em questão foi a utilização de um "nanoveículo orgânico", que não agride o organismo.
Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, bolaram um novo método para entregar o medicamento ao local certo: um veículo em nanoescala com a capacidade de enviar drogas da quimioterapia diretamente às células cancerosas – evitando a interação com células saudáveis do organismo. A estratégia, além de reduzir os efeitos colaterais do tratamento, se torna ainda mais eficiente.
“O veículo é muito similar a uma bomba de fragmentação”, explica Dan Peer, responsável pelo trabalho. Dentro dele são inseridas minúsculas partículas de drogas de quimioterapia. Quando ele entra em contato com células de câncer, libera a carga diretamente. Segundo o pesquisador, o dispositivo poderia ser usado para tratar diversos tipos de câncer, incluindo o de pulmão, sangue, cólon, mama, ovário, pâncreas e até mesmo cérebro.
Beijo doce da morte
A chave para a entrega é uma molécula usada para criar o revestimento externo do veículo: um açúcar reconhecido pelos receptores de vários tipos de células do câncer. Ao interagir com o receptor da célula cancerosa, desencadeia uma mudança estrutural, e a quimio é liberada dentro da célula inimiga. Por ser feito de materiais orgânicos que se decompõem totalmente no corpo depois que fez o seu trabalho, o “nanoveíulos” é mais seguro do que as terapias atuais.
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