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14 de março de 2011 | 12h29
Pesquisadores da Universidade de Oxford e do Instituto de Pesquisa Social e Econômica da Essex University demonstraram que crianças que são amamentadas tendem a ser melhores alunos. Menos de quatro semanas de aleitamento em um recém-nascido tem um efeito significativo no desenvolvimento do cérebro, que persiste até que a criança tenha pelo menos 14 anos de idade.
Para chegar a estas conclusões, a equipe comparou bebês que tinham sido amamentados com bebês que não foram amamentados, mas que eram semelhantes ao demais em outros aspectos. Os resultados de provas de leitura, escrita e matemática realizadas com crianças entre cinco, sete, 11 e 14 anos, revelaram uma diferença significativa entre as que tinham se alimentado de leite materno.
Como a amamentação é mais provável de ser praticada por mães de classes sociais mais elevadas – com uma média de QI mais elevada -, os pesquisadores procuraram saber se a relação entre o aleitamento e o desenvolvimento do cérebro tinha relação com isso. O estudo demonstra que há realmente um efeito causal da amamentação, independente do status sócio-econômico das famílias.
De acordo com os pesquisadores, a amamentação tem um efeito significativo nos resultados cognitivos das crianças especialmente em línguas e matemática. É possível que este efeito continue após a escola secundária e tenda a crescer ao longo dos anos.
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