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06 de maio de 2010 | 18h03
Paulo Bertolucci, professor associado de neurologia da Escola Paulista de Medicina, chefe do setor de neurologia do comportamento e diretor do núcleo de envelhecimento cerebral da UNIFESP, participou do programa "Cuidadores na Web".
Uma série de cinco programas realizada pelo site Cuidadores na Web começou nesta semana com o tema “Diagnóstico do Alzheimer”. O objetivo é levar informações importantes para melhorar a qualidade de vida de quem cuida de pessoas portadoras da doença, tirar dúvidas e trocar experiências.
Renato Anghinau, neurologista da Faculdade de Medicina da USP, comanda a conversa. Viviane Abreu, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer e terapeuta ocupacional, Geisa Rei Silva, cuidadora e Paulo Bertolucci, professor associado de neurologia da Escola Paulista de Medicina, chefe do setor de neurologia do comportamento e diretor do núcleo de envelhecimento cerebral da UNIFESP, levantaram questões relevantes acerca do diagnóstico deste tipo de demência.
“Temos hoje um número de mais ou menos – diagnosticado e tomando a medicação – de 800 mil pessoas”, explica Viviane. “Já em números efetivos, mesmo, de prevalência da doença, temos hoje 1 milhão e 300 mil pessoas”.
Bertolucci ressalta a importância do diagnóstico precoce, lembrando que se esquecer depois dos 60 não é ter Alzheimer: “Mais da metade das pessoas com 65 anos têm uma queixa sobre a memória”, explica. “Em geral, a queixa mais comum é não lembrar o nome, ou não lembrar o nome de algum objeto, óculos, chave, ou não lembrar se contou ou perguntou alguma coisa e contar e perguntar de novo”. O neurologista diz que a maior parte destas pessoas não tem a doença, mas apresentam sintomas de depressão e estresse, por exemplo.
Geise, como cuidadora da mãe que sofre da doença de Alzheimer, conta como conseguiu detectar a demência e lidar com ela da melhor maneira. “A gente procurou arranjar atividades em universidade para idosos, procuramos acompanhá-la ao longo da perda, tirando o que era necessário (…) Comecei uma busca não só por medicamentos, mas por outras ajudas não farmacológicas para continuarmos estimulando a sua memória, para continuar tendo qualidade de vida – para ela e para nós”.
Quem se interessar pelo assunto e tiver dúvidas, pode assistir ao programa disponível no site. Usuários podem ainda, após o cadastro, participar de enquetes, e enviar perguntas. Os próximos programas serão veiculados nos dias 21 de junho, 10 de agosto, 17 de agosto e 09 de novembro, com os temas “Tratamento”, “O papel do cuidador”, “Equipe multiprofissional” e “Cuidado do cuidador”, respectivamente.
A série Cuidadores na Web é uma iniciativa da Associação Brasileira de Alzheimer, e tem o apoio das empresas Atitude, Novartis e Ceredic.
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