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Despindo Mona Lisa: equipe analisa pinturas de Da Vinci

Analisando pinturas sem tirar amostras, estudo quer descobrir que receitas o artista usava para criar expressões tão perfeitas.

Por root
Atualização:

Uma equipe do Laboratório do Centro de Pesquisa do Museu de Restauração da França está analisando sete pinturas de Leonardo Da Vinci - incluindo Mona Lisa - pertencentes ao Louvre, na França, sem extrair nenhuma amostra, com o objetivo de estudar a composição e espessura de cada camada do material usado. O objetivo é descobrir que receitas o artista usava para criar expressões tão perfeitas.

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As pinturas de Leonardo da Vinci fascinam em parte devido a uma séria de efeitos ópticos sutis que borram linhas, suavizam transições e misturam as sombras. Conhecida como "sfumato", a técnica não é apenas o resultado da genialidade do artista, mas também de inovações técnicas do início do século 16. Observações minuciosas, medições ópticas e reconstituições já foram feitas para descrever a técnica, mas novas análises podem confirmar os procedimentos utilizados, especialmente em relação à forma com que a graduação é feita.

Na pesquisa em questão, a equipe concentrou o estudo nas faces representadas nas pinturas, já que elas têm muitas características do sfumato. Usando uma técnica chamada fluorescência de raios-x, procuraram determinar a espessura das camadas dos quadros.

Eles encontraram outras receitas utilizadas por Da Vinci para fazer as sombras do rosto, caracterizadas por uma técnica - com uso de esmaltes ou camadas de tinta muito finas - e natureza de pigmentos ou aditivos: finas camadas de 1 a 2 micrômetros foram aplicadas para obter uma espessura total de não mais do que 40 micrômetros.

O estudo, feito com a colaboração do European Synchrotron Radiation Facility (ESRF) e apoio do Museu do Louvre, foi publicado na revista Angewandte Cemie International Edition.

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