Uma equipe de pesquisadores internacionais liderada por membros da Columbia University Medical Center curou ratos com osteoporose através de doses diárias de um composto experimental que inibe a síntese de serotonina no intestino.
Pesquisas recentes mostraram que a serotonina no intestino (embora esteja sempre associada ao cérebro, 95% da serotonina de um corpo é encontrada no intestino) auxilia a formação dos ossos. Esta última descoberta pode levar a novas terapias para construir novos ossos, ao passo que as drogas atuais podem apenas evitar o colapso de um osso envelhecido.
"Novas terapias que inibem a produção de serotonina no intestino têm o potencial de se tornaram uma nova classe de drogas que auxiliem o arsenal terapêutico contra a osteoporose", diz Gerard Karsenty, autor do artigo publicado na Nature Medicine.
A osteoporose é uma condição do corpo em que os ossos se tornam frágeis e porosos, aumentando o risco de quebra. É diagnosticado quando a massa óssea diminui a um certo nível, e causa receio em milhares de pessoas que estão envelhecendo - especialmente mulheres após a menopausa.
Os ossos passam constantemente por renovações. O organismo possui células responsáveis pela remoção de "material antigo" e células responsáveis pela criação de novos ossos.
Em algumas pessoas, o equilíbrio entre a formação óssea e o envelhecimento de massas ósseas tende a ser alterado após os 20 anos de idade. A taxa de declínio em mulheres após a menopausa aumenta muito, devido a quedas dos níveis de estrogênio e hiperatividade das células responsáveis por desfazer o osso velho.
Baseado em estudos, a equipe sugeriu que um inibidor da síntese de serotonina pode ser um tratamento eficaz contra a osteoporose. Encontrando uma droga conhecida como LP533401, passaram a administrá-la em pequenas doses diárias (via oral) por mais de seis semanas em roedores com osteoporose na pós-menopausa.
Os resultados demonstraram que o desenvolvimento da osteoporose cessou e curou ratos com osteoporose em estágio avançado.
O mais importante: os níveis de serotonina no cérebro não foram alterados, indicando que o composto não se espalhou e não cruzou a barreira entre o sangue e o cérebro, evitado possíveis efeitos colaterais. A pesquisa ainda deve ser realizada em humanos.
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