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Estudo mostra como pinguins escolhem seus parceiros

Pinguim-de-adélia precisa mostrar que tem gordura suficiente para cuidar dos filhotes no frio quando a fêmea não está.

Por root
Atualização:


Quem assistiu ao filme "A Marcha dos Pinguins" sabe que a relação de animais pode ser muito especial, e se assemelhar bastante com as próprias relações humanas. Agora, um estudo publicado na revista Behaviour, liderado por pesquisadores da Universidade de Auckland, mostra como as fêmeas escolhem seus parceiros.

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Machos de pinguim-de-adélia têm um papel fundamental na sobrevivência da espécie, tanto em termos de reprodução, como em termos de criação. Papais de terno que se revezam com as fêmeas para incubar os ovos e guardar seus filhotes, enquanto as companheiras partem para uma longa viagem em busca de comida nas terras mais geladas do planeta.

É a partir do canto do macho que elas avaliam se eles serão bons parceiros. A questão, no entanto, não é de que a música está no sangue: as chamadas dão pistas do potencial energético. Quem canta bem, mostra que tem gordura. E bastante gordura corporal é uma vantagem para quem vive em temperaturas tão hostis. No tempo em que mamães somem do mapa para buscar alimentos, os machos podem perder muito peso - e isso pode levar ao abandono da cria ou morte de ambos.

"É uma tarefa bastante árdua, especialmente para os machos", explica Emma Mars, autora do estudo. "Se um macho não tem gordura suficiente para durar nesses jejuns, ele pode ter de abandonar os ovos e ir para o mar, antes que a fêmea retorne. Assim, é imperativo que o sexo feminino escolha machos em boas condições".

De acordo com os pesquisadores, que gravaram os sons de pinguins machos e analisaram o comportamento dos animais, quanto mais constante for o chamado, mais chances o macho tem de aguentar o peso da paternidade. "É como se as fêmeas ouvissem a estabilidade do convite", ressalta Marks.

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