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14 de setembro de 2010 | 13h20
Uma equipe internacional de pesquisadores liderada por Xiagnning Chen, membro da Universidade da Virgínia, nos EUA, identificou um gene de risco para a esquizofrenia, incluindo uma mutação que pode ser responsável pelo distúrbio. O time chegou aos resultados utilizando técnicas de associação do genoma.
Nos últimos anos, os cientistas têm usado estudos de associação do genoma para identificar genes que seriam possíveis candidatos por doenças como o diabetes tipo 2, o câncer de pulmão, mal de Parkinson, artrite reumatoide, lupus eritematoso sistêmico, entre outras.
Entretanto, as pesquisas sobre a esquizofrenia não foram tão bem sucedidas. De acordo com Chen, uma das explicações poderia ser a existência de muitos genes envolvidos e o efeito de cada um relativamente fraco para ser detectado facilmente. Resultados de amostras individuais tenderiam, assim, a variar muito. Resultados consistentes poderiam ser alcançados apenas levando em consideração muitas amostras independentes.
No trabalho em questão, a equipe verificou mais de 20 amostras independentes de candidatos selecionados. O trabalho é um dos maiores estudos genéticos da esquizofrenia, incluindo mais de 33 mil participantes. O gene de risco para a doença, CMYA5, ainda tem função desconhecida pelos pesquisadores.
“Apesar de as implicações para o cuidado dos pacientes não serem claras neste momento, é justo dizer que o nosso trabalho apresenta um novo alvo para futuras pesquisas, e um método prático para identificar outros genes de risco”, ressalta Chen.
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