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Foto de formiga com peso cem vezes maior que o seu ganha prêmio

Fotografia foi tirada por pesquisadores de Cambridge que investigavam as patas extremamente pegajosas de insetos.

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Por root
Atualização:

A imagem de uma formiguinha carregando cem vezes seu próprio peso enquanto anda de ponta-cabeça em uma superfície de vidro ganhou o prêmio do primeiro concurso de fotografia científica realizado pelo Conselho de Pesquisas Científicas em Biologia e Biotecnologia do Reino Unido.

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A fotografia foi tirada no Departamento de Zoologia da Universidade de Cambridge, Inglaterra, por uma equipe de pesquisadores que investigava as patas extremamente pegajosas de formigas e outros insetos. A imagem, capturada por Thomas Endlein, mostra uma formiga asiática tecelã de cabeça para baixo em uma superfície lisa, carregando um peso de 500 miligramas em suas mandíbulas.

"As formigas podem alterar o tamanho e a forma das almofadas dos 'pés', dependendo da carga que transportam", explica Endelin. "Se precisam transportar cargas pesadas, aumentam a área de contato; quando precisam correr, diminuem". Além disso, o pesquisador explica que estes pequeninos insetos usam um inteligente mecanismo para aderirem à superfície, mantendo as pernas em um ângulo raso.

Mais do que esclarecer a maneira como as formigas lidam com os efeitos da gravidade, a pesquisa pode ajudar cientistas na criação de colas melhores. "As almofadas nas extremidades das patas das formigas são autolimpantes e podem grudar em praticamente qualquer tipo de superfície", acrescenta Endelin. "Nenhum homem conseguiu produzir um adesivo tão bom. Entender como os animais controlam seus sistemas adesivos deve ajudar no desenvolvimento de colas mais inteligentes no futuro".

As formigas asiáticas estão entre as espécies mais agressivas do planeta. Elas constroem grandes colônias nas copas das árvores e defendem vigorosamente seus ninhos e alimentos. Agricultores da China e do sudeste da Ásia têm aproveitado isso nos últimos 1.500 anos, usando as formigas como controle de pragas em pomares.

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Após seu trabalho em Cambridge, Endelin agora está estudando patinhas de pererecas na Universidade de Glasgow, Escócia.

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