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Fumo ativo e passivo é associado a um risco maior de problemas psiquiátricos

Pesquisadores mediram a circulação do biomarcador cotinina - encontrado na saliva -, que mostra os níveis de exposição à fumaça do tabaco.

Por root
Atualização:

Que fumar é uma loucura, todo mundo já sabe. Mas uma pesquisa realizada pela Universidade College London, no Reino Unido, mostra que a exposição de terceiros à fumaça - o chamado fumante passivo - está associada ao risco maior de doenças psiquiátricas. O dano vai além da parte física e afeta o estado psíquico da pessoa.

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Para o estudo, os pesquisadores mediram a circulação do biomarcador cotinina - encontrado na saliva -, que mostra os níveis de exposição à fumaça do tabaco, em amostras de mais de 5 mil adultos não-fumantes e mais de 2 mil fumantes sem histórico de doença mental entre 1998 e 2003. Questionários foram aplicados como indicador do sofrimento psíquico e internações psiquiátricas foram registradas ao longo destes anos.

De acordo com a equipe, a alta exposição à fumaça entre não-fumantes (níveis de cotinina entre 0,70 e 15 microgramas por litro) esteve associada a uma probabilidade 50% maior de problemas psicológicos em comparação com participantes com baixos níveis de cotinina. Fumantes ativos também tendem a relatar distúrbios psíquicos com mais frequência.

"A exposição ao fumo passivo em casa está crescendo em função das restrições ao fumo em locais de trabalho e locais públicos", explica Mark Hamer, responsável pelo estudo. "Mais trabalhos na literatura têm demonstrado os efeitos físicos nocivos do fumo passivo, a exposição à fumaça, mas houve uma pesquisa limitada sobre os efeitos sobre a saúde mental".

Em experiências com ratos, pesquisadores conseguiram observar que o tabaco pode induzir o humor negativo. Alguns trabalhos com pessoas também mostram a associação entre o tabagismo e a depressão.

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