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03 de maio de 2010 | 20h51
Uma equipe de pesquisadores trouxe o principal componente do sangue de mamute – a hemoglobina – de volta à vida usando o DNA de ossos antigos. O material, colhido de amostras da Sibéria, tem entre 25 e 43 mil anos de idade. A partir dos resultados, os cientistas descobriram que o animal tinha a capacidade de esfriar suas extremidades nas condições adversas do Ártico. Desta maneira, minimizava a perda de calor.
“É notável trazer um complexo de proteína de uma espécie extinta, como o mamute, de volta à vida”, diz Alan Cooper, diretor do centro de DNA antigo da Universidade de Adelaide, na Austrália, onde as sequências do mamute foram feitas.
O feito permite aos persquisadores descobrir atributos fisiológicos de um animal que não existe há milhares de anos. A partir disso, é possível analisar características biomoleculares e fisiológicas de espécies extintas, mesmo para funções que não deixam vestígios no registro fóssil.
O projeto começou há sete anos. “Na época, eu pensei que era uma grande ideia, mas achei que nunca fosse funcionar”, diz Cooper. “Mesmo assim, trazer uma proteína extinta de volta é um conceito tão importante que nós temos que tentar”.
A equipe então converteu sequências de DNA em RNA, inserindo-as em E. coli. O plano deu certo, e as bactérias produziram a proteína existente no mamute.
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