O terremoto em Izmit,em agosto de 1999, resultou em 18 mil mortes e foi, com magnitude de 7,4, o abalo mais recente de uma série que começou em 1939 no leste da Turquia, gradualmente correndo ao longo da fronteira entre a placa da Anatólia e da placa da Eurásia, de leste a oeste. Assim, o próximo terremoto deve ocorrer a oeste de Izmt - ou seja, a sul de Istambul.
Um dos principais indicadores para a previsão de um abalo sísmico é a variação das taxas de falhas tectônicas. Para o estudo, a área foi 'dividida' em 640 mil elementos. O objetivo era determinar em três dimensões a cinética deste sistema de falhas.
Os resultados do modelo mostram que as taxas de circulação na falha principal ficam entre 10 e 45%, dados que os autores da pesquisa interpretam como uma indicação de que a tensão crescente na crosta da Terra também pode descarregar em dois ou três sismos com uma magnitude menor do que um enorme terremoto. Isso, contudo, não impede que Istambul fique livre de estragos: a curta distância entre a falha principal e a cidade ainda representa um risco sísmico extremo. A zona de falha é inferior a 20 quilômetros da fronteira, e todo cuidado é pouco.